O Espiritismo, segundo definição de Kardec, é Ciência e Filosofia com conseqüências morais.
Vulgarmente, temos diversas definições para a palavra religião. O mais comum, é atribuirmos às religiões dogmas, hierarquia sacerdotal, cultos, rituais, cerimônias e uma diretriz formal.
Dentro desta definição, o Espiritismo não seria uma religião, pois não atenderia aos requisitos aceitos. No entanto, há os que defendem que tendo ele influência nos códigos morais, e sendo as religiões, em princípio, estimuladoras de novas realidades morais, seria também o Espiritismo, uma religião.
Até porque, reverencia a uma divindade transcendente, assim como fazem algumas religiões.
De uma forma ou de outra, seja aceito ou não como religião, cabe ao Espiritismo papel importante na história da humanidade, pois revela contundentemente uma realidade transcendente, cujo objetivo é melhorar a humanidade, a fim de dar curso ao seu progresso.
Discursos estéreis se travam para definir se o Espiritismo é ou não religião, ciência ou filosofia. Importa-nos ser a Doutrina, útil ao objetivo maior. Quem se mostra verdadeiro trabalhador desta Doutrina de Amor, pouca importância dá a essa questão, pois bem sabe que ela enseja, não estimular o intelectualismo exacerbado, não ao sacerdotismo vil, não a exclusividade do saber, mas sim, ao desenvolvimento dos sentimentos ainda obscurecidos pela materialidade de que somos vítimas, a estágios mais sublimes, ensejando uma convivência fraterna e solidária.
É fato que ao nos colocarmos em posição semelhante aos movimentos religiosos, científicos e filosóficos, até então em andamento, com base num paradigma de ilusões de acúmulo de poder, pereceremos da mesma forma que eles, criando frustrações indefinidas no íntimo de quem adere a esta visão. No entanto, se nos colocarmos com uma visão lúcida da mensagem do Evangelho de Jesus, sem nenhuma mácula à sua moral, podemos ser bendita ferramenta de progresso da humanidade, atalhando sofrimentos incontáveis à raça humana.
É de suma importância ao trabalhador espírita, se vincular a qualquer movimento, seja ele científico, religioso ou filosófico, que vise a melhora do homem de forma integral, estimulando atividades que os levem a esse estado de lucidez interior. E esse caminho, bem nos exemplificou o nosso guia e modelo, nosso amado Jesus. Amou incondicionalmente, sem discriminar raça ou credo. Falou do Reino de Paz e suas recompensas. Mostrou-nos como se pratica o amor único e verdadeiro.
Enfim, viveu a única e verdadeira Religião, Ciência e Filosofia, o Amor Universal que transcende aos interesses mesquinhos dos homens ainda cegos e ávidos da luz!